O que acreditamos sobre Maria

A algum tempo atrás, eu estava com um grupo de amigos conversando e se não me falha a memória, veio à tona o assunto do Filme 2012. Um dos jovens da conversa foi "explicar" para o outro a realidade da coisa. Explicando as "profecias" maias e tudo mais. Eu, claro, rebati a idéia. E imediatamente fui aclamado com a frase: "Sabe como é protestante... Nunca concorda com nada". Reagi apenas com um sorriso.

Não tenho nada contra os católicos, contra a doutrina católica sim. Acredito que o catolicismo junto com espiritismo tenham as doutrinas mais sem nexo do ponto de vista bíblico. Porém,  nunca destratei nenhum irmão católico por esse fato, tento sempre mostrar a verdade de uma forma a não magoar alguém que é sincero naquilo que acredita. E este é o posicionamento da GRANDE maioria dos adventistas. Mas o que provoca esse tipo de reação nos católicos é que o meio protestante, normalmente é agressivo na hora de querer expor as verdades. Chegam dizendo que vai para o Inferno, virar churrasco. Inverdades que magoam e criam barreiras emocionais.

Dei essa pequena introdução para poder falar sobre o tema do post que é a virgem Maria, Mãe de Jesus. Os católicos a adoram e a tratam como divindade. E a maioria dos protestantes em geral desfazem de Maria com o objetivo de desmerecer a crença romana.

A verdade é que temos que evitar os dois extremos. Não, Maria não é uma divindade, mas também não foi uma pessoa qualquer.

Para os católicos Maria assume um posto importante no céu. Está ao lado de Deus e Jesus intercedendo por nós. Certa vez até ví a reportagem no portal do G1:

"Eu tenho muita fé no Padre Ibiapina, porque tudo que pedimos a ele, ele pede a Nossa Senhora, e ela intercede por nós junto a Jesus"

Vejam que aí existe uma cadeia intercessória. Começa com o padre, depois vai a Maria para depois ir a Jesus. É algo contraditório a Bíblia, vejamos:

"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim." João 14:6

O próprio Jesus afirma que a única maneira de chegar ao pai é por ele, de nenhum outro modo esse acesso pode ser feito. O verso inclusive faz referência ao antigo santuário hebraico. Era no Santuário que a intercessão era feita. Matava-se um cordeirinho para o perdão dos pecados do povo. O local do átrio, onde ficavam as pessoas era conhecida pelos Judeus como Caminho. Dentro, onde eram realizados os sacrifícios era conhecido como Verdade. E o santíssimo onde fica a Arca da Aliança era conhecido como Vida. Jesus afirma então que ele é a própria  representação da intercessão para remissão de pecados. Ninguém mais pode fazer isso, nem Maria, nem os "santos", nem o Padre, nem o Papa, nem ninguém. Apenas Ele.

Outro ponto é que na Bíblia vemos o exemplo de Pessoas que foram arrebatadas por Deus, e foram para o Céu em vida. São os casos de Enoque (gen5:24), Elias (2reis2:11) e Moisés (judas9). Mas com relação a Maria... A Bíblia nada afirma, então não podemos afirmar algo sobrenatural baseado no silêncio. Maria muito provavelmente morreu como qualquer outro ser humano, e o destino dos seres humanos mortos é o mesmo:

"Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." Eclesiastes 9:5,6

Maria encontra-se descansando no sono dos mortos assim como outras bilhões de pessoas. Esperando aquele que Voltará para nos dar a vida eterna.

Mas também não podemos dizer que Maria foi uma qualquer. Ela foi APENAS a mulher escolhida para criar o filho de Deus. Nossa! Que responsabilidade!

Ela tinha que ter algo especial. José era da linhagem de Davi e Maria uma mulher, talvez perfeita aos olhos de Deus para criar seu filho. Deus deve tê-la visto como uma Mulher sábia para lhe dar uma educação exemplar diante da sociedade. Devemos respeitá-la como a alguém que teve um papel importante no plano da redenção, assim como respeitamos Abraão, Moisés e outros.

Um exemplo, não uma divindade. Assim é Maria.