Era o terceiro ano de Belsazar no comando da Babilônia. Dois anos depois da primeira visão, Daniel volta a receber uma mensagem divina ante seus olhos. Esta é a última visão em que Daniel encherga os reinos que dominariam a terra, porém com um detalhe acrescentado em especial.
" E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outra; e a mais alta subiu por último.
Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia; e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade e se engrandecia." Daniel 8: 3 e 4
Nesta visão, Babilônia já não aparece mais, a profecia se inicia com o Reino Medo-Persa. Percebam como a visão mantém a síntaxe da visão anterior. O urso de Daniel 7 pendia para um lado, simbolizando o maior poderio dos Persas. Desta vez vemos o Carneiro com dois chifres, porém, um chifre maior que o outro, temos a mesma simbologia.
" estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos;
dirigiu-se ao carneiro que tinha as duas pontas, ao qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o ímpeto da sua força.
E o vi chegar perto do carneiro, irritar-se contra ele; e feriu o carneiro e lhe quebrou as duas pontas, pois não havia força no carneiro para parar diante dele; e o lançou por terra e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão." Daniel 8:5 a 7
O bode aqui visto representa o reino grego que já estudamos. O interessante é que tamanha a velocidade do bode que nem tocava o chão. Vemos que como na visão anterior, temos referência de que esse foi um império rápido. O bode possuía um grande chifre notável. Esse chifre representa Alexandre, O grande. No Ápice da sua o chifre se quebrou, o que comprova sua identidade como Alexandre, que morreu muito jovem.
"E o bode se engrandeceu em grande maneira; mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos do céu." Daniel 8:8
Aqui temos a divisão do império grego pós-alexandre, tendo o reino sido dividido entre seus 4 generais: Cassandro, Lisímaco, Ptolomeu e Seleuco.
O interessante desta visão é que ela apresenta o carneiro e o bode apenas para dar contexto histórico. A profecia não apresenta a babilônia, nem o império romano. Vemos isso quando Gabriel explica a visão para Daniel:
"Aquele carneiro que viste com duas pontas são os reis da Média e da Pérsia;
Após o fim do império de Alexandre a visão já leva Daniel a enchergar o nascimento de um chifre pequeno:
mas o bode peludo é o rei da Grécia; e a ponta grande que tinha entre os olhos é o rei primeiro; por ter sido quebrada, levantando-se quatro em lugar dela, significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a força dela." Daniel 8:20 a 22
"E de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa." Daniel 8:9
Esse chifre pequeno é o mesmo de Daniel 7 que nós identificamos como o papado (se você está caindo de paraquedas neste post, sugiro que leia os dois anteriores), vejamos se as características vista por Daniel são as mesmas nesta visão:
" E se engrandeceu até ao exército dos céus; e a alguns do exército e das estrelas deitou por terra e os pisou.
E se engrandeceu até ao príncipe do exército; e por ele foi tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra.
E o exército lhe foi entregue, com o sacrifício contínuo, por causa das transgressões; e lançou a verdade por terra; fez isso e prosperou." Daniel 8:10 a 12
o verso 10 mostra que o chifre pequeno jogou por terra e pisou muitos do exército do Céu. Fala o texto que ele SE ENGRADECEU ATÉ O PRÍNCIPE DO EXÉRCITO. Sabemos que o nosso príncipe é Jesus. O papo carregava, e ainda carrega a ocunha de "Vigário do filho de Deus". O sacrificio continuo, tempos depois substituído pela intercessão de Jesus no santuário também foi manipulado. A verdade foi lançada por terra. FEZ ISSO E PROSPEROU. Não há melhor definição do que esta, de quando o papado dominou as ações no mundo. Os vestígios estão aí: Adoração de Imagens, Maria, santos. Confissão ao padre, Guarda do domingo. Tudo consequencia da verdade ter sido lançada por terra.
Diante de tantas calamidades espirituais Daniel se agita, e encherga dois anjos "batendo um papo". e a conversa é muito interessante, veja só:
"Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do contínuo sacrifício e da transgressão assoladora, para que seja entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados?
E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado." Daniel 8: 13, 14
Estamos diante da maior profecia de toda a Bíblia. Como já diria Gabriel versos depois:
"E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado tempo do fim." Daniel 8:19
Esta é uma profecia que se estende até o tempo do fim. e sua interpretação mostra que ela vem até nosso tempo, mostrando assim que nós vivemos no tempo do fim. A questão é que Daniel não entendeu a profecia, não sabia quando começava, e ficou muito angustiado. Deus, que tinha grande agrado por Daniel, manda gabriel mais uma vez para lhe explicar as 2300 tardes e manhas. Para isto, ele sela o início desses 2300 dias com 70 semanas. vejamos:
"estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do sacrifício da tarde.
No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; toma, pois, bem sentido na palavra e entende a visão.
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos." Daniel 9: 21 a 24
70 foram determinadas, depois da introdução, Gabriel explica os detalhes:
"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.
E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador." Daniel 9:25 a 27
Vamos por parte para entender pois esta é uma profecia com muitas datas. Primeiro, nesta profecia é utilizado o mesmo princípio da anterior, o método dia-ano. Onde um dia profético equivale a um ano (ver Números 14:34, Ezequiel4: 6,7). Então temos 2300 anos. Logo as semanas faladas por Gabriel também são proféticas e devemos coloca-las no princípio dia-ano. Então temos:
2300 anos.
Começando com a ordem para restaurar Jerusalém - Este decreto foi assinado no ano 457 a.c. pelo Rei Artaxexes. Apartir dessa data tem que ser contadas 69 semanas ou 483 anos.
Isso nos leva ao ano 27 d.c. data do batismo de Jesus, o Messias. Neste ano se iniciou o seu ministério na terra.
obs.: vale lembrar que uma simples soma nos levaria ao ano 26 d.c.; porém, vale lembrar que o ano 0 não existiu. Fomos do ano 1 a.c. ao ano 1 d.c. Por isso, 27 d.c. ;)
Depois das 69 semanas, restava 1 semana, ou 7 anos. A profecia fala que no meio da semana ele fez cessar o sacrificio. meia semana = 3 anos e meio. Logo somos levados ao ano 30 d.c. em meados do ano 31. Ano da morte de Jesus. Morte esta que fez cessar os sacrifícios. Mais 3 anos e meio contabilizados e chegamos ao ano 34 d.c. Ano em que Estavão, primeiro mártire, foi apedrejado, e a tentativa de aliança com os judeus findou, a mensagem começou a ser pregada em todo o mundo.
490 anos para selar a profecia. Um selo de garantia de sua veracidade. iniciando em 457 a.c. e contando os 2300 anos, chegamos ao ano de 1844. Bem próximo de nossos dias. Apartir desta data as verdades jogadas por terra deveriam começar a serem restauradas. como finda o verso, o assolador continuaria a reinar até os últimos dias. Porém, Deus sucitaria seu povo para pregar o que foi ocultado e deturpado durante séculos pelo papado. Nesta data também se iniciaria o Juízo investigativo, o julgamento da humanidade já começou. e o Juízo Final será dado no retorno de Jesus. Nesta data inciou-se o Tempo de Fim.
No próximo post vamos fazer uma visita ao livro do apocalipse. Ele vai nos revelar quem é este povo que vai restaurar a verdade. Não perca a continua ção da série...

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